Conheça os parâmetros de qualidade e saiba como tratar a água de caldeiras e torres de resfriamento
Você sabia que é preciso tratar a água usada para geração de vapor em processos industriais?
Geralmente, esse vapor é utilizado em caldeiras ou torres de resfriamento e possui diversas finalidades.
Independentemente do tipo de processo no qual o vapor é usado, no entanto, ele precisa ter certas qualidades para que os equipamentos funcionem bem.
Caso contrário, você pode ficar sujeito a falhas operacionais, perda de eficiência térmica e muitos outros problemas que elevam os custos e diminuem a produtividade.
Entenda a importância de tratar a água usada em caldeiras e torres de refrigeração e conheça as melhores tecnologias que você pode usar para ter a qualidade desejada:
Por que tratar a água utilizada em caldeiras e torres de resfriamento
Quando a água utilizada para gerar vapor não tem a qualidade adequada, diversos problemas podem ocorrer. Os principais são:
Corrosão;
Incrustações;
Arraste.
Esses problemas, por sua vez, podem levar a falhas graves nos equipamentos, como rompimento de válvulas e entupimentos, além de queda na produção de vapor, consumo excessivo de combustível, sobreaquecimento e até acidentes.
A corrosão é o desgaste das partes metálicas dos equipamentos. Ela ocorre principalmente pela presença de íons corrosivos, pelo excesso de gases dissolvidos na água, como o oxigênio, e por pH mais baixo do que o ideal.
A incrustação é causada pelo acúmulo de impurezas e outras substâncias suspensas na água. Os maiores inimigos são os sais de cálcio e magnésio, que causam dureza, além de sílica.
Por fim, o arraste de água para a linha de vapor é geralmente causado pela entrada de sólidos suspensos, como areia, lama, gordura, fibra e outros materiais. Esse arraste também pode levar a corrosões e incrustações, além de sobreaquecimento e diminuição no rendimento dos equipamentos.
Em torres de resfriamento, o problema pode ser ainda maior devido à taxa de evaporação elevada. Devido à sua baixa temperatura, esses sistemas sofrem ainda com um quarto problema: crescimento microbiológico de organismos como algas, bactérias e fungos.
Em outras palavras, se não forem controlados, esses fatores podem afetar significativamente a performance e a segurança dos equipamentos. Por exemplo, pode haver diminuição da troca térmica, aumento no consumo de combustível, queda na produção de vapor etc.
Como resultado, você pode ter que parar a produção, ou lidar com uma produção ineficiente, o que significa gastos maiores e consequentemente lucros menores.
Benefícios do tratamento de água para caldeiras e torres de refrigeração
Economia de combustível graças a uma taxa eficaz de transferência de calor;
Geração de vapor de melhor qualidade;
Maior segurança;
Menor necessidade de manutenção dos equipamentos;
Diminuição de desperdício;
Diminuição dos custos operacionais;
Aumento da vida útil dos equipamentos.
Como funciona o tratamento?
Infelizmente, o tratamento de água para caldeiras e torres de resfriamento não é um processo tão simples.
O primeiro passo é analisar a água que será utilizada – seja ela captada de rios, lagos, poços artesianos ou outras fontes - a fim de descobrir quais são suas características.
Essa análise, que precisa ser feita por laboratórios competentes, irá mostrar quais procedimentos e tecnologias são os melhores para adequar a água a uma série de parâmetros de qualidade.
Parâmetros de qualidade para a água de caldeiras e torres de resfriamento
De forma geral, alguns dos parâmetros de qualidade são:
menor quantidade possível de sais e óxidos dissolvidos;
ausência de oxigênio e outros gases dissolvidos;
ausência de materiais em suspensão (como areia e lodo);
ausência de materiais orgânicos;
controle do crescimento e presença de bactérias e microrganismos;
temperatura elevada (para caldeiras);
pH entre 5,5 e 7 (para caldeiras).
É importante frisar que os parâmetros exatos podem mudar de acordo com uma série de fatores, como a pressão da caldeira. Para saber sobre esses tipos de equipamentos, você pode consultar a norma regulamentadora número 13 do Ministério do Trabalho sobre caldeiras e vasos de pressão.
Estação de tratamento para caldeiras e torres de refrigeração
Para adequar a água captada à qualidade desejada, é preciso projetar, implantar e operar uma estação de tratamento (ETA), supervisionada por um químico responsável.
Além disso, análises dessa água precisam ser feitas regularmente para se certificar de que os parâmetros continuam sendo atendidos.
Para eliminar a corrosão e minimizar as incrustações, é preciso tratar quimicamente a água, bem como realizar descartes periódicas.
O ideal é que ela passe por procedimentos avançados de remoção de impurezas, como o abrandamento, a desmineralização e/ou a osmose reversa, especialmente no caso das caldeiras de alta pressão.
Já o arraste pode ser combatido com procedimentos um pouco mais simples, como ajustes na rotina da produção de vapor e o uso de certos filtros.
Vale lembrar que, para as caldeiras, o tratamento químico sozinho não é eficaz o suficiente para controlar os sólidos totais dissolvidos. Além do abrandamento e da desmineralização, pode ser interessante ter uma válvula de dessalinização contínua.
Para as torres de resfriamento, o controle do desenvolvimento microbiológico de organismos indesejados é mais importante, sendo importante aplicar procedimentos de desinfecção, como uso de cloro, radiação ultravioleta ou ozônio.
Com tantos problemas ocorrendo simultaneamente nos sistemas de caldeiras e resfriamento, é comum haver necessidade de se combinar diferentes tratamentos, além de usar filtros em paralelo para remover materiais em suspensão na água.
Como ter água de qualidade para sua caldeira ou torre de resfriamento
Como foi possível observar, tratar a água para caldeiras e torres de refrigeração exige a implementação e operação de uma ETA com diferentes tecnologias e acompanhamento especializado.
Isso é mais facil de dizer do que de fazer. Se você não apostar nos investimentos certos e não tiver pessoal experiente cuidando disso, provavelmente deixará de economizar ou de ter um ganho substancial na eficiência de suas operações.
Uma alternativa para quem deseja ter uma ETA eficiente sem a dor de cabeça de operar e manter essas estações é o sistema chamado WAAS (“Water as a Service”).
Através dessa modalidade, a NeoWater, uma concessionária de saneamento particular, projeta e opera diferentes soluções personalizadas para os seus clientes, incluindo uma ETA dentro da legislação com as tecnologias mais avançadas do mercado e monitoramento via IoT 24 horas por dia.
A melhor parte é que não é preciso fazer qualquer investimento para ter a água na qualidade desejada. A modalidade funciona sob contrato, e você paga somente pelo serviço customizado prestado à sua empresa.
Quer saber mais sobre o WAAS? Entre em contato conosco! Será um prazer ajudá-lo a ter água da mais alta qualidade com economia na conta.
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