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Disponibilidade hídrica: quais locais são mais suscetíveis à falta de água no Brasil?

Qual a posição do Brasil no ranking do estresse hídrico? Confira a situação de diferentes nações e saiba quais são as regiões brasileiras correm maior risco de faltar água


Mão abrindo torneira, e não sai água. Saiba mais sobre estresse hídrico no site da NeoWater

Um quarto da população mundial enfrenta um risco “extremamente alto” de estresse hídrico, de acordo com o Aqueduct Water Risk Atlas.


A ferramenta foi produzida pelo World Resources Institute (WRI) com dados de 189 países coletados entre 1960 e 2014.


O mapa avalia o perigo de eventos como secas e enchentes, assim como a demanda de água para abastecimento doméstico, uso industrial, irrigação e pecuária em todo o mundo, criando um panorama compreensivo da disponibilidade hídrica no planeta.


E como o Brasil se sai, quando o assunto é estresse hídrico? Veja abaixo a situação de diferentes nações e saiba quais são as regiões brasileiras com maior risco de faltar água:


Escassez hídrica: ranking mundial


De acordo com o atlas, os países com maior problema de falta de água ficam principalmente no Oriente Médio: o top 5 é composto de Catar, Israel, Líbano, Irã e Jordânia. Nações como Chile (18º), Bélgica (23º) e Portugal (44º) também aparecem em uma posição relativamente alta no ranking.


Embora o Brasil seja o país com a maior reserva de água doce do mundo, ficando em uma posição confortável na classificação de estresse hídrico (116º), sofre com o risco de crises hídricas em diversas regiões.


Isso acontece porque a quantidade de água não é distribuída igualmente por todo o país. A região Norte, por exemplo, apesar de ser a menos populosa, concentra a maior parte dos recursos hídricos brasileiros: cerca de 80% da água disponível. Já as regiões próximas ao Oceano Atlântico possuem menos de 3% da água doce do país.



Quais são as regiões brasileiras mais afetadas pelo estresse hídrico?


O ranking do Aqueduct Water Risk mostra os estados da Bahia, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte como mais vulneráveis, ou seja, com os níveis mais altos de risco de crise hídrica, seguido das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Campinas, Ribeirão Preto e Vitória.

Mapa do Aqueduct que mostra as regiões com maior risco hídrico no Brasil.

As regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas são duas das que vivem em constante estado de escassez por conta da baixíssima disponibilidade hídrica de suas bacias em relação à alta concentração de pessoas.


Por exemplo, a bacia do PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), da região de Campinas, além de sofrer com uma redução gradativa na disponibilidade hídrica ao longo dos últimos anos, precisa ceder parte dos seus recursos para o Sistema Cantareira.

Infográfico que mostra a redução constante de disponibilidade hídrica na bacia do PCJ, entre 2011 e 2018.
Disponibilidade hídrica na bacia do PCJ.

O Cantareira é abastecido principalmente pela Bacia do Alto Tietê, na região metropolitana de São Paulo. No entanto, seu volume é insuficiente para a demanda. Logo, além da bacia do PCJ, as concessionárias que atendem essa área têm buscado água cada vez mais longe, incluindo o sul de Minas Gerais. Essa necessidade de bombear água a grandes distâncias, por consequência, aumenta os custos da operação.


A realidade parece corresponder, de fato, às previsões das áreas de risco do mapa do Aqueduct. Ambas as bacias - PCJ e Alto Tietê - passaram por uma crise hídrica grave entre 2014 e 2016. Neste período, faltou água nas principais cidades do país, como São Paulo e Rio de Janeiro. Entre 2017 e 2018, foi o Distrito Federal quem sofreu com a escassez. E, no Nordeste, a população passou recentemente por um período de cinco anos de seca extrema.



O papel dos grandes consumidores: como as empresas podem diminuir sua dependência das concessionárias?


Nas grandes cidades, os empreendimentos são responsáveis por boa parte do consumo de água fornecido pelas concessionárias. Estamos falando de shopping centers, hospitais, condomínios comerciais, centros logísticos, escolas, universidades, clubes e indústrias, todos classificados como grandes consumidores de água.



Embora existam diferentes definições, geralmente, qualquer empreendimento comercial ou industrial que consuma acima de 500 m³/mês de água é considerado um grande consumidor. Esse valor é utilizado pela Sabesp, por exemplo.


E que papel os grandes consumidores podem ter, em um cenário de baixa disponibilidade hídrica?


As empresas podem e devem ajudar através da diminuição ou eliminação de sua dependência deste sistema frágil. Dessa forma, estariam favorecendo não apenas a sociedade como um todo, mas a si próprias.


Grandes consumidores têm muito a ganhar com a independência em relação às concessionárias. A baixa quantidade de água disponível não é o único problema enfrentado por elas; a qualidade dos mananciais superficiais é outro, já que eles sofrem com poluição, descarte irregular de esgoto doméstico e industrial, ocupação irregular e alta concentração de fertilizantes agrícolas, que levam à proliferação de cianobactérias.


Além disso, segundo o mais recente relatório do Instituto Trata Brasil, o Brasil perde cerca de 41% da água captada, tratada e distribuída pela rede de abastecimento do país devido a vazamentos ou ligações irregulares, um desperdício equivalente a 7.800 piscinas olímpicas de água por dia.


Com sistemas de abastecimento alternativos, além de desonerar as concessionárias e disponibilizar grandes volumes de água para a população, as empresas podem ganhar autonomia, aumentar a qualidade e diminuir o desperdício de água em suas plantas.


Através de uma gama de soluções que podem incluir desde poços artesianos até captação de água da chuva e estações de tratamento de água e efluentes com reuso, os grandes consumidores podem se tornar autossuficientes com mais sustentabilidade e segurança operacional.


Vantagens de ter um sistema de abastecimento próprio:

  • Autonomia e segurança: você acaba com a dependência de fontes externas de abastecimento;

  • Maior controle da qualidade da água: a água é extraída e tratada no próprio empreendimento;

  • Sustentabilidade: ao consumir água gerada e tratada onsite, o gasto energético é significativamente menor, além de não haver perdas na distribuição. É possível também incluir diversas soluções de reutilização;

  • Redução de custos: ter um sistema alternativo de abastecimento pode reduzir significativamente a sua conta de água. Existem inclusive modelos de negócios que não exigem investimento para a aquisição e operação do sistema (Capex/Opex free).

Uma das modalidades indicadas para grandes consumidores de água é o WAAS (“Water as a Service”, em inglês). Trata-se de um serviço personalizado no qual uma empresa de saneamento faz todo o investimento para implantar e operar um sistema de abastecimento particular, suprindo a demanda por água de uma empresa ou indústria com mais eficiência e economia.

Quer saber mais sobre o WAAS? Confira nosso artigo sobre o tema ou entre em contato conosco! Será um prazer ajudá-lo a ter água com autossuficiência e mais qualidade em sua empresa.

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